Para muitos, o fato de que existe uma vasta e GENIAL carreira solo de John Frusciante passa despercebido. Mas não deveria, além de ter mais feeling do que qualquer outro ser vivo, e pelo menos 5 álbuns com nota máxima no meu conceito, John é uma personalidade singular.
Já esquelético, profundamente acabado, sem dentes nem unhas, John encontrou a oportunidade de lançar um álbum que havia gravado há tempos para fazer alguma graninha para ficar mais louco que o coringa. Então Smiles From the Streets You Hold, foi lançado em 1997. Um álbum deveras perturbador. Mas podia-se ouvir lampejos de genialidade escondidos naquela bagunça macabra e doentia de suas bad trips.
Então em 1998, John percebendo estar à beira da morte interna-se em um hospital onde fica por mais de um mês em processo de desentoxicação e reabilitação. Ele passa por um processo de reformulação física e mental. Abandona as drogas de vez, o álcool, passa a ter uma alimentação saudável. Passa por cirurgias plásticas para recuperar seu rosto, dentes e aparência física, então começa novamente a lembrar aquele garoto que sonhava em ser músico.
Em suas músicas vemos mensagens como “eu me arrependo do meu passado” e “para estar aqui você primeiro tem que morrer, então eu tentei” vemos um homem arrependido de seus erros no passado, despertado com muita clareza de pensamentos e amor pela vida.
John Frusciante não é crente, não atribui sua regeneração à deus e seu problema com as drogas ao demônio. Ele tem a consciência de que andou com as próprias pernas até o inferno e que de lá saiu, também com suas pernas.
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